De acordo com a Organização Mundial de Saúde (OMS), a cada seis segundos ocorre um Acidente Vascular Cerebral (AVC) que resulta na morte de uma pessoa.
Em Portugal, os dados mais recentes divulgados pela Sociedade Portuguesa do Acidente Vascular Cerebral (SPAVC) referem que, por hora, três portugueses sofrem um AVC, sendo que um destes não sobrevive e um ficará com sequelas incapacitantes.
Afinal, o que é o Acidente Vascular Cerebral? Quais as principais causas e sintomas? Existe tratamento? No artigo de hoje respondemos a algumas das dúvidas mais frequentes dos cidadãos.
AVC: o que é?
O Acidente Vascular Cerebral (AVC) é uma lesão cerebral que ocorre por bloqueio da circulação sanguínea ou por rutura de um vaso e consequente derrame de sangue para o tecido cerebral. Este acontecimento faz com que haja privação de oxigénio e nutrientes no cérebro, levando à morte das suas células.
Os défices neurológicos e as sequelas de um AVC dependem da localização e da extensão da lesão a nível cerebral assim como do tempo de resposta decorrido desde o início do AVC até à intervenção médica.
Tipicamente, a ocorrência súbita de um AVC causa uma mudança drástica no desempenho motor, sensorial, visual e percetivo, podendo deixar a pessoa confusa, desorientada, irada e temerosa, uma vez que não existe tempo para o ajustamento gradual à incapacidade resultante, nomeadamente a paralisia parcial ou total de um dos lados do corpo, paralisia facial, perda de memória, desequilíbrio, problemas de fala e linguagem, depressão, isolamento e revolta.
Quais os principais fatores de risco associados ao AVC?
Para além dos fatores de risco não controláveis, como a idade, o género e a genética, existe ainda um leque abrangente de outros fatores e, quanto maior o número de fatores acumulado por um só indivíduo, maior o risco de este vir a ter um Acidente Vascular Cerebral.
Atualmente, os principais fatores de risco associados à ocorrência de um AVC são:
- – Apneia do sono
- – Consumo excessivo de bebidas alcoólicas
- – Diabetes
- – Dislipidemia (colesterol elevado)
- – Excesso de peso
- – Fibrilhação auricular (arritmia cardíaca)
- – Hipertensão arterial
- – Sedentarismo
- – Tabagismo
Como reconhecer o Acidente Vascular Cerebral?
O AVC pode dar sintomas muito diversos, dependendo da zona do cérebro atingida. No entanto, a forma mais simples de reconhecer o AVC recorre à regra dos cinco F’s. Estes sintomas podem surgir de forma isolada ou combinados:
Face: pode ficar assimétrica de uma forma súbita com uma das pálpebras mais descaída. Estes sinais poderão ser melhor percebidos se a pessoa afetada tentar sorrir.
Força: é comum um braço ou uma perna perderem subitamente a força ou ocorrer uma súbita falta de equilíbrio.
Fala: pode parecer estranha ou incompreensível e o discurso não fazer sentido. Com frequência, o paciente parece não compreender o que lhe é dito.
Falta de visão súbita: de um ou de ambos os olhos, é um sintoma frequente, bem como a visão dupla.
Forte dor de cabeça: igualmente, é importante valorizar uma dor de cabeça súbita e muito intensa, diferente do padrão habitual e sem causa aparente.
Como reagir perante os sintomas de AVC?
Em caso de suspeita de AVC deve telefonar-se imediatamente para o 112, de modo a ativar a Via Verde do AVC. Desta forma, os pacientes com suspeita de AVC serão transportados, sem demora, para o centro médico mais próximo que tenha uma unidade de AVC com capacidade para realizar os tratamentos mais indicados.
Reabilitação é a chave do sucesso terapêutico
O Acidente Vascular Cerebral (AVC) pode deixar sequelas que alteram subitamente a vida do paciente e respetiva família. Assim, após a ocorrência de um AVC é fundamental que o paciente tenha acesso a uma intervenção rigorosa para estimulação e reabilitação da funcionalidade afetada.
Desta forma, deve ser apresentado um plano de reabilitação pós-AVC personalizado, adaptado às necessidades do paciente e que vá além da intervenção na fase aguda, trabalhando também a fase subaguda e crónica.
Tipicamente, a reabilitação neurológica após o AVC envolve uma abordagem multidisciplinar nas áreas da Fisioterapia e Fisioterapia Neurológica, Neuropsicologia Clínica, Psicologia e Psicoterapia, Terapia da Fala e Ocupacional, bem como Tecnologias Avançadas como Realidade Virtual e Elementos e Equipamentos Robóticos.
Esta abordagem multidisciplinar tem como principal objetivo colocar em prática um plano de reabilitação focado nos seguintes pontos:
- Exercícios de coordenação motora que ajudam a melhorar a força muscular e a coordenação
- Exercícios para aliviar a tensão muscular e ajudar a recuperar a amplitude de movimentos
- Terapias para distúrbios cognitivos para ajudar a melhorar a memória, a resolução de problemas, a consciência, competências sociais, entre outros
- Utilização de suportes para apoiar a mobilidade durante a recuperação, tais como a bengala e/ou cadeira de rodas
Terapia recoveriX: eficaz em todos os quadros de reabilitação do AVC
Através da sua interface cérebro-computador, a terapia recoveriX ajuda o paciente a recuperar as funções das extremidades superiores e inferiores, ao mesmo tempo que potencia a fisioterapia padrão com a possibilidade de uma recuperação mais rápida e bem-sucedida.
A terapia recoveriX resulta da combinação única de três terapias convencionais:
- Imaginação Motora (IM), através da qual o paciente imagina o movimento da mão enquanto o recoveriX mede a sua atividade cerebral através de sinais EEG;
- Realidade Virtual (RV), onde a imaginação conduz a uma simulação virtual de membro imaginado no ecrã;
- Estimulação Elétrica (FES), em que o movimento imaginado torna-se um movimento real através da estimulação dos seus músculos afetados sem qualquer dor.
Assim, se procura uma terapia de reabilitação do AVC que lhe permita uma melhoria dos sintomas físicos e/ou cognitivos relacionados com o quadro neurológico estático apresentado atualmente, bem como ganhos de autonomia, entre em contacto com o Centro CEREBRO, a única clínica em Portugal certificada na aplicação da terapia recoveriX.
Nota Final: A leitura deste artigo é meramente expositiva e não dispensa o seguimento e aconselhamento pelos nossos profissionais de saúde.