Para além da atividade clínica, o Centro CEREBRO assenta a sua atividade na investigação. Deste modo, a clínica não só está mais preparada para dar respostas com base na evidência científica como também produz frequentemente conhecimento nas áreas da Saúde Mental e Neurociências.
Jorge Alves é diretor do Centro CEREBRO, Especialista Avançado em Neuropsicologia (OPP), Especialista em Psicologia Clínica e da Saúde (OPP), Investigador, Revisor Científico, Membro Afiliado Internacional da Associação Americana de Psicologia e Formador.
É Doutorado em Psicologia Clínica pela Escola de Psicologia da Universidade do Minho, tendo o seu doutoramento “Neurocognitive profile and cognitive intervention in Alzheimer’s disease” sido aprovado por unanimidade. Foi também nesta instituição de ensino que realizou o Mestrado Integrado em Psicologia Clínica e obteve três prémios de mérito académico universitário.
Do seu currículo formativo fazem parte mais de 20 formações avançadas nas áreas da Neuropsicologia Clínica, Avaliação Neuropsicológica, Reabilitação Neuropsicológica, Neurorreabilitação, Neurociência, Envelhecimento, Doença de Alzheimer e Outras Demências, Défice Cognitivo Ligeiro, Lesão Cerebral (Traumatismo Crânio Encefálico, Acidente Vascular Cerebral), Neurodesenvolvimento, Terapias Não-Farmacológicas, Ansiedade, Fobias, Terapia de Realidade Virtual, Neurotecnologias, bem como treino com a Professora Barbara Wilson OBE, pioneira e referência mundial da Reabilitação Neuropsicológica.
Como Investigador, tem contribuído ativamente para o conhecimento e respetivo avanço científico, tendo publicado mais de 20 artigos científicos em revistas internacionais, realizado mais de 50 apresentações científicas em eventos internacionais e colaborado em investigações nacionais e internacionais financiadas pela Fundação para a Ciência e Tecnologia, Fundação BIAL e National Institutes of Health (NIH).
Destaca-se ainda como autor do primeiro ensaio clínico aleatorizado de estimulação cognitiva para idosos com comprometimento cognitivo (com e sem demência) em Portugal; a primeira revisão sistemática e meta-análise de estudos neuropsicológicos e de morfometria cerebral comparando duas variantes da doença de Alzheimer: típica e visual – contribuição para a clarificação das diferenças/padrões diferenciais cerebrais e cognitivas quantitativas entre subtipo amnésico e visual da Doença de Alzheimer; contribuições científicas para a clarificação e estabelecimento da evidência das terapias não-farmacológicas nas Demências e Lesões Cerebrais; desenvolvimento de um dos primeiros estudos científicos de reabilitação cognitiva na variante visual da Doença de Alzheimer, bem como por ser pioneiro na aplicação em ambiente clínico de Realidade Virtual para Perturbações Cerebrais em Portugal.
Ainda na área científica, tem vindo a colaborar como revisor de várias revistas científicas nacionais e internacionais, nomeadamente Acta Neurologica Scandinavica; American Journal of Alzheimer’s Disease & Other Dementias; Applied Neuropsychology: Adult; Arquivos de Neuro-Psiquiatria; Clinical Interventions in Aging, Gerontology; Journal of Advanced Neuroscience Research; Journal of Geriatric Psychiatry and Neurology; Journal of Neurology, Neurosurgery, and Psychiatry; PLOS ONE; Postgraduate Medical Journal (BMJ); Rejuvenation Research; Revista Portuguesa de Saúde Pública; Saúde e Desenvolvimento Humano; World Journal of Clinical Cases; World Journal of Psychiatry; Alzheimer’s & Dementia: Diagnosis; Assessment & Disease Monitoring; European Neurology e PeerJ.
Em 2015, fundou o Centro CEREBRO, clínica especializada na saúde mental e reabilitação neuropsicológica de crianças, jovens e adultos, que combina a experiência de profissionais especializados com conhecimento científico e as mais recentes tecnologias inovadoras no tratamento de patologias do foro neurológico, neurodesenvolvimental, neuropsiquiátrico e psicológico. Em apenas seis anos, a clínica conta já com vasta experiência e uma alta taxa de sucesso no tratamento da depressão, medos, fobias e ansiedade, bem como na neurorreabilitação de pacientes vítimas de AVC, Parkinson, Alzheimer e outras Demências e ainda de pacientes com Paralisia Cerebral, Traumatismo Crânio-Encefálico, Esclerose Múltipla, Coma e Síndrome Locked-In, entre outros.
Atualmente, integra ainda o grupo de investigação “CO&MA research team at Proaction Lab”, da Universidade de Coimbra, e colabora com o “Brain-Machine Interface Research Lab (BMIsLab)”, do Centro de Investigação Interdisciplinar em Saúde (CIIS) da Universidade Católica Portuguesa (UCP).
Thomas, R.E., Alves, J., Vaska, M.M., & Magalhães, R. (2016).
SCAT2 and SCAT3 scores at baseline and after sports-related mild brain injury/concussion: qualitative synthesis with weighted means.
BMJ Open Sport & Exercise Medicine, 2016
Weill Chounlamountry, A., Alves, J., & Pradat-Diehl, P. (2016).
Non-pharmacological intervention for posterior cortical atrophy.
World Journal of Clinical Cases, 4 (8), 195-201.
Alves, J., & Santos, A. (2016).
Virtual Reality Therapy for Balance Training in Aging and Neurological Disorders.
Journal of Advanced Neuroscience Research, 3, 1-8.
Link do Artigo
Paiva, S., Magalhães, R., Alves, J., & Sampaio, A. (2015).
Efficacy of cognitive intervention in stroke: a long road ahead.
Restorative Neurology and Neuroscience, 34 (1), 139-152.
Alves, J. (2015).
Neural Effects of Cognitive Intervention in Healthy Aging and Dementia.
Journal of Advanced Neuroscience Research, 2 (1), 28-35.
Link do Artigo
Alves, J., Magalhães, R., Arantes, M., Cruz, S., Gonçalves, O. F, & Sampaio, A. (2015).
Cognitive rehabilitation in a visual variant of Alzheimer’s disease.
Applied Neuropsychology: Adult, 22(1), 73-78.
Link do Artigo
Alves, J., Petrosyan, A., Magalhães, R. (2014).
Olfactory dysfunction in dementia.
World Journal of Clinical Cases, 2 (11), 661-667.
Link do Artigo
Magalhães, R., Alves, J., Thomas, R.E., Chiaravalloti, N., Gonçalves, O.F., Petrosyan, A., & Sampaio, A. (2014).
Are cognitive interventions for Multiple Sclerosis effective and feasible?
Restorative Neurology and Neuroscience, 32(5), 623-638.
Link do Artigo
Alves, J., Alves-Costa, F., Magalhães, R., Gonçalves, O. F., & Sampaio, A. (2014).
Cognitive Stimulation for Portuguese Older Adults With Cognitive Impairment: A Randomized Controlled Trial of Efficacy, Comparative Duration, Feasibility, and Experiential Relevance.
American Journal of Alzheimer’s Disease and Other Dementias, 29 (6), 503-512.
Alves, J., Magalhães, R., Machado, A., Gonçalves, O.F., Sampaio, A., & Petrosyan, A. (2013).
Non-pharmacological cognitive intervention for aging and dementia: Current perspectives.
World Journal of Clinical Cases, 1 (8), 233-241.
Alves, J., Schwenk, T.L., Gonçalves, O.F., & Petrosyan, A. (2013).
Importance of web-based intervention in minimizing depressive symptoms and associated stigma in depressed medical students.
Revista Brasileira de Psiquiatria, 35 (3), 334.
Link do Artigo
Magalhães, R., Gomes, L., Alves, J., Maia, L., Palavra, F., Gonçalves, J. G., Gonçalves, O.F., & Sampaio, A. (2013).
Cognitive functioning in Multiple Sclerosis: the relationship with radial diffusivity. [Abstract].
Multiple Sclerosis Journal, 19 (7), 979-91.
Alves, J., Soares, J. M., Sampaio, A. & Gonçalves, O. F. (2013).
Posterior cortical atrophy and Alzheimer’s disease: A meta-analytic review of neuropsychological and brain morphometry studies.
Brain Imaging and Behavior, 7 (3), 353-61.
Link do Artigo
Alves, J., Magalhães, R., Thomas, R. E., Gonçalves, O. F., Petrosyan, A., & Sampaio, A. (2013).
Is there evidence for cognitive intervention in Alzheimer’s disease? A systematic review of efficacy, feasibility and cost-effectiveness.
Alzheimer Disease & Associated Disorders, 27 (3), 195-203.
Link do Artigo
Alves, J., Magalhães, R., Castiajo, P., Sampaio, A., Gonçalves, O. F., & Arantes, M. (2012).
Domain-specific and generalization effects of cognitive intervention in diffuse axonal injury: a case report.
The Journal of Neuropsychiatry and Clinical Neurosciences, 24 (2), e 19-20.
Link do Artigo
Leite, J., Carvalho, S., Galdo-Alvarez, S., Alves, J., Sampaio, A., & Gonçalves, O.F. (2012).
Affective picture modulation: Valence, arousal,attention allocation and motivational significance.
International Journal of Psychophysiology, 83 (3), 375-81.
Link do Artigo
Alves, J., Magalhães, R., Cruz, S., Sampaio, A., & Gonçalves, O. F. (2011).
Cognitive intervention in a variant of Alzheimer’s disease: a case report [Abstract].
Alzheimer’s & Dementia: The Journal of the Alzheimer’s Association, 7 (4), e44.
Link do Artigo
Alves, J., Magalhães, R., Sampaio, A., & Gonçalves, O. F. (2011).
Cognitive intervention in Alzheimer’s disease: a treatment option to consider? [Abstract].
Alzheimer’s & Dementia: The Journal of the Alzheimer’s Association, 7 (4), e44.
Link do Artigo
2022 © CENTRO CEREBRO.
Todos os direitos reservados.
Newsletter Centro CEREBRO
Pretende agendar consulta no Centro CEREBRO? Preencha o formulário abaixo e entraremos em contacto assim que possível.
Fique a par de novos serviços, tratamentos, formações e artigos sobre saúde cerebral.
Desenvolvi ao longo do tempo a fobia em conduzir em auto estradas e atravessar pontes, a qual no decorrer do tempo começou a tornar-se cada vez mais limitativa, porque alastrou-se que nem uma praga para vários cenários que estivessem relacionados com a condução. Tinha ataques de pânico nas auto estradas, e se surgisse uma ponte numa auto estrada o ataque de pânico era tão forte que me obrigava a parar na auto estrada , ás vezes mais 30 minutos, para me recompor e fazer um esforço enorme para reiniciar a viagem. O momento em que deu o Click, para procurar ajuda, foi quando tive que ir a Vila Real, e mal cheguei a Penafiel tive o primeiro ataque de pânico, parei respirei mais de 30 minutos … mas super ansiosa, continuei viagem, voltei a parar antes de uma ponte na auto estrada … mais 30 minutos, entre choro, tremores, suores frios, boca seca e ansiedade extrema, voltei arrancar em pânico com objectivo de sair na próxima saída da auto estrada e assim fazer o resto da viagem pela nacional. E assim foi, fiz a viagem até Vila Real pela nacional antiga, entre curvas e contracurvas, bermas sem protecção, pisos degradados, no meio de montanhas demorei 3 horas a fazer 70 km, o pior dia da minha vida.
Então a fobia, o pânico começou a limitar a minha vida, as minhas deslocações de carro começaram a ser cada vez menos, evitava conduzir a não ser que fossem trajectos muito próximos de casa. Quando tomei consciência do rumo que a fobia estava a tomar, procurei ajuda na área da psiquiatria durante 2 anos, o que na verdade não surtiu qualquer efeito. Acabei por descobrir a clínica cérebro, e tendo em conta o modo atuavam fez me de imediato acreditar que ali teria ajuda necessária … e assim foi.
As sessões eram geralmente 60 minutos, iniciavam sempre com técnicas de relaxamento, técnicas essas que passavam por aprender e desenvolver técnicas de respiração que ajudavam a controlar a ansiedade e aprendizagem e treino relaxamento de grupos musculares. No inicio da terapia são fundamentais, porque nos ajudam a tomar consciência dos momentos em que ficamos tensos/ ansiosos e com essas técnicas poderemos induzir o relaxamento, diminuindo a tensão muscular e a ansiedade. O tratamento, no meu caso que se prendia com aspectos da condução – velocidade, atravessar pontes, ultrapassar etc, a realidade virtual eram visualizações com estes mesmos cenários, que foram evoluindo e aumentado “dificuldade” à medida que progredíamos na terapia. No decorrer de uma sessão, era exposta virtualmente à minha fobia, e ia avaliando o grau de ansiedade de 1 – 10. Quando a ansiedade estava mais elevada, era aconselhada a fazer as respirações de modo a induzir o relaxamento e assim ficava mais calma. Durante as sessões fui ensinando, reprogramando o meu cérebro a reagir de forma calma e serena perante a situação fóbica. Fui verificando que no decorrer do tempo, a minha ansiedade foi diminuindo, comecei a controlar as minhas emoções e nos dias de hoje a situação esta praticamente ultrapassada. Note-se que sou do Porto e tinha que deslocar a Braga, nesse trajecto surgem algumas pontes. No inicio do tratamento, primeiras 4 sessões havia sempre algum familiar que tinha que levar a Braga, depois desse período comecei a ser eu mesma a fazer esse trajecto. Portanto a eficácia do tratamento comecei a dar frutos bem cedo, note-se que era uma aluna aplicada e fazia todos TPC :)
O tratamento teve um impacto enorme na minha vida, estou muito grata ao Dr. Jorge e sua equipa, por em tão pouco tempo me terem ajudado tanto.Comecei a fazer as viagens de carro de uma forma mais tranquila, a velocidade já não atrapalha, as pontes já as passo. Quando tenho que me deslocar a algum sítio que saia da minha zona de conforto, já não fico ansiosa por antecipação e nem me recuso a fazer. Este ano enfrentei a ponte que mais temia ( Ponte de Vila Real), ainda com alguma ansiedade e medo à mistura, coragem aliada ao que aprendi, consegui passa-la, para mim foi uma enorme vitória !!!
Sinto me mais autónoma e confiante. As aprendizagens que fiz na clínica são para toda a vida, e me apoiam continuamente.
Desde os 18 anos que sofro da fobia de falar para um público. Segui os meus estudos, fiz as minhas opções profissionais, sempre condicionadas por este problema. Posso dizer que esta fobia marcou toda a minha vida. Nas raras tentativas de resolver o problema (psicologia e hipnotismo) nunca o efeito foi o pretendido. Tive conhecimento, pelos jornais, do Centro Cérebro e do tratamento com a realidade virtual e resolvi tentar.
Foram cerca de três meses de consultas auxiliadas pela realidade virtual. Recordo-me que de início foi doloroso enfrentar situações que para mim eram reais, onde tive que falar para diversos públicos, em variadíssimas situações. Progressivamente fui ganhando confiança. As consultas, e a técnica da realidade virtual, foram cruciais para que a minha fobia fosse encarada por mim como nunca o tinha sido. Estava a conseguir o que não tinha conseguido em 30 anos.
Ao conseguir falar para um público virtual encarei de uma forma muito mais saudável o público real. Não vou dizer que hoje não fico nervoso ao falar em público. Fico, mas já o consigo fazer. Antes do tratamento nem sequer colocaria em hipótese fazê-lo.
-Paciente com medo de falar em público
O meu sono regulou e tenho andado a dormir bem com poucos despertares noturnos. Nesta última semana nem tive nenhum despertar noturno, tenho tido um sono completo.
Quero agradecer imenso ao Dr. Jorge Alves tudo o que fez por mim, estou grato.
-Paciente com insónia crónica severa (duração de vários anos)
A minha experiência com o Centro CEREBRO é inequivocamente positiva e justifica-se pelo brio, competência, humanismo, disponibilidade, e rigor de toda a sua equipa. A minha necessidade de procura por respostas devido às mudanças e alterações cognitivas observadas e sentidas no meu dia-a-dia tranformou-se em evidências. A avaliação neuropsicológica, por essa razão, constituiu uma ferramenta importante para conhecer e entender as mudanças sentidas e permitiu-me, hoje, dispor de um leque de soluções e de tratamento mais alargado, para superar e lidar com qualquer tipo de dificuldade e contrariedade que possa experienciar.
Sinto que a minha vida ganhou um impulso e sempre estarei agradecida à equipa pelo apoio, entusiasmo e êxito.